terça-feira, 30 de outubro de 2012

Cortar a direito


Enquanto juristas muitas vezes amigos ou conhecidos nos perguntam qual é a solução jurídica para determinado problema.
 
A questão é que o direito, principalmente no âmbito do direito da família, está pensado para resolver as questões apenas quando as pessoas não conseguem sozinhas chegar a uma solução. É a resposta extrema, que na maior parte das vezes não é a mais adequada àquelas pessoas em concreto.
 
As relações são complexas e únicas e, na maior parte das vezes, a minha resposta quando confrontada com essas perguntas é: "mas tenta perceber porque é que ele está a agir dessa forma" ou "mas tentem primeiro encontrar uma solução de compromisso...".
 
Não é por mal. É que normalmente quando duas pessoas próximas discutem com base no direito em vez de discutirem com base nos sentimentos o caldo está entornado... 

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As letras pequenas da vida



Esta manhã, a caminho da escola do G., continuei a ouvir o CD de Jorge Palma, Com todo o respeito, comprado no último fim-de-semana.
 
A faixa 8 chamou-me a atenção, em especial os versos que aqui deixo.

 
Fui à última instância, enchi-me de brio
li a Constituição toda de fio a pavio
havia um artigo que lido com atenção
era como nos seguros: a gente nunca tem razão
 
("Uma Alma Caridosa", de Jorge Palma)
 
 
Amanhã seguimos - eu e o G. - para a faixa 9, que hoje a 8 ficou em modo repeat...
 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Final de dia




Não consigo imaginar melhor programa depois de um dia atarefado:
 
- Jantar um robalo no forno com batata doce e castanhas; e, já com o G. na cama,
 
- Deitar-me a teu lado a ver um episódio do Downton Abbey!
 
Até amanhã

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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Não é preciso tirar o cavalinho da chuva


E se pudessemos andar à chuva sem nos molharmos? Estar no meio de um temporal, à noite, a ver a água a brilhar e a cair à nossa volta, sequinhos?
 
Pois, é possível! Basta apanhar um avião para Londres!
 
No Barbican foi criada a "rain room". Os visitantes entram numa sala onde está a chover torrencialmente mas a água é repelida à medida que se movimentam.
 
Deve ser uma sensação maravilhosa estar rodeado de uma cortina de água.

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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Benfica / Barcelona



Um regresso ao Estádio do Sport Lisboa e Benfica, algum tempo depois da última incursão, para ver um jogo da Liga dos Campeões contra o Barcelona.
 
Era a oportunidade perfeita para ver o Barcelona jogar ao vivo.
 
Não gostei. Mérito para quem inventou o sistema, por ser quase infalível! Mas, em termos de espetáculo, é aborrecido. Um jogo de rabia não é um grande espetáculo para 90 minutos, mesmo que os executantes sejam brilhantes. E foi a isso que assistimos ontem... imaginando que seja igual em todos os outros jogos.
 
Para além disso, descobri ontem outra faceta dos jogadores do Barcelona: passam o jogo a reclamar, a atirar-se para o chão, a amuar... e até a puxar a camisola ao árbitro!
 
PS: o Carlos Xistra teve nota positiva. Já pode avançar para o segundo ano, onde irá aprender a disfarçar um pouco melhor...
 

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Guia de Paris #7 - Teatro


J'aime beaucoup que ce vous faites, uma peça de teatro muito divertida a que tivemos oportunidade de assistir no Palais des Glaces.

É a história de um casal que vive fora da cidade e recebe a visita de uns amigos parisienses. No caminho, na sequência de um telefonema feito por engano, os espectadores tornam-se cúmplices dos anfitriões, ficando-se a saber o que é que os seus amigos pensam deles.

Um quiproquó, tal como nos disse o rapaz do turismo que nos recomendou este espectáculo, com algumas dúvidas sobre a nossa capacidade para perceber as piadas!

Chegámos ao edifício meia hora antes do início da peça e já se formara uma fila, lá fora, num dia de chuva, com as pessoas à espera da abertura das portas. Os lugares eram marcados, mas não quisemos ser diferentes. A fila foi aumentando e os amigos aproveitavam para pôr a conversa em dia.

Porque não? Uma boa forma de socialização. Se as pessoas estão à conversa, de pé e na rua, no Bairro Alto, porque não estar à conversa, de pé e na rua, antes de ir ao teatro?

E agora, sempre que fazemos um brinde, dizemos:
- "Chin"
- "Japon"

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Guia de Paris #6 - Televisão francesa




Um guia de uma cidade não inclui normalmente qualquer referência à televisão desse país. É pena!
Eu gosto, sempre que posso, de passar os olhos pelos programas que estão a dar. Não há melhor forma de sentir um país ou uma cidade. Dir-me-ão que para isso não é necessário fazer dois mil quilómetros, bastando sintonizar esses mesmos canais em Portugal. É parcialmente verdade, mas: porque não? Por um lado, nem todos os canais estão disponíveis. Por outro lado, a televisão está ali à mão e pode ser uma ótima oportunidade para relaxar e sentir o país em simultâneo.
Ao contrário das nossas belas e outros programas inenarráveis de entretenimento de sábado à tarde nos canais generalistas, a dificuldade neste caso foi escolher o canal.
Fixei-me por momentos num programa de humor (essencialmente político) muito divertido, estando a passar todos os programas da semana. Para além das rábulas relativas à excessiva normalidade de François Hollande, ficou na memória um sketch a caricaturar a aborrecida vida de Sarkosy com Carla Bruni depois de sair do Eliseu.
Noutro canal, pouco depois, deparei-me com uma reportagem sobre a humorista Florence Foresti, que está a ter um enorme sucesso em França. Esteve ao longo do último ano a preparar intensamente, com treinos de dança e de voz, um espetáculo que encheu Bercy durante várias noites. Uma reportagem bem feita é a chave para prender o espectador.
Um concurso entretido e dinâmico, em que se premeia os conhecimentos e não a sorte, também nos prendeu a atenção durante uns minutos.
De resto, notícias breves, mas com conteúdo, certamente diferentes daquelas que estão a ser repetidas hora a hora nos canais de notícias por onde não passei...
Ao fim da noite, ainda tive a oportunidade de assistir a uma fantástica reportagem sobre trabalhos (e trabalhadores) de verão em França. Diferentes tarefas, diferentes perspetivas, uma grande reportagem...

Guia de Paris #5 - Piquenique

Da última vez que tínhamos estado em Paris fiquei espantada com a quantidade de pessoas que se via a fazer piqueniques.
 
Grupos grandes ou apenas um casal, em jardins ou sentados no cimento à beira do Sena. Copos de vinho e uma garrafa, uma baguete, queijo e era tudo... Com um aspeto simples e casual.
 
Claro que fiquei cheia de inveja e desta vez insisti que tínhamos de fazer um piquenique também! Ele não é lá muito dado a eventos do género - diz que lhe fazem lembrar tachos de feijoada e churrascos no meio da mata, com metade da casa atrás - mas estava mais ou menos convencido.
 
O problema foi que no dia em que nos íamos recostar na margem do Sena a bebericar vinho tinha estado a chover e o chão estava molhado...
 
Tivemos de arranjar um alternativa. O mesmo menu mas sentadinhos em cadeiras numa esplanada. Segundo Ele, todos os prós sem nenhum dos contras.
 
 
Claro que foi óptimo! (e o queijo era absolutamente delicioso...) Mas não é a mesma coisa!