terça-feira, 28 de maio de 2013

Aos vinte e oito



O sol bate nos teus olhos e sorri. 
Linda.
Diz-me que te adora e descansa. 
Amor.
A lua enche-se do orgulho que tem por ti.
Especial.
Conta-me a história da nossa dança.
Momento.

A flor inunda de alegria por te ver.
Felicidade.
Mostra-me que o caminho é a revelação.
Explosão.
O fruto espreme-se no teu ser.
Multiplicar.
Encontra-me a pensar na nossa canção.
Partilha.

domingo, 26 de maio de 2013

A importância dos bolos e das galinhas



Parece que me acontece muitas vezes ter desejos súbitos de cozinhar qualquer coisa e não ter os ingredientes necessários em casa.

Já me aconteceu com panquecas e no fim-de-semana passado foi com um bolo.

O G. estava a dormir a sesta e de repente apeteceu-me um bolo. Tinha de ser, porque eu já estava imaginar um lanche de bolo com chá de lúcia-lima.

Andava já há umas semanas com o bolo de natas da Constança na cabeça e pensei que era o momento ideal.

Claro que cheguei ao frigorífico e dos três ovos necessários só tinha um.

Pois... Já referi que sou de ideias fixas? Não era um pormenor destes que me ia parar.

Descobri no Google que, supostamente, se pode substituir os ovos nos bolos por leite com limão e bicarbonato de sódio. Resolvi tentar.

Veredicto? As galinhas são muito importantes nas nossas vidas. O bolo parecia borracha, apesar de o sabor ser bom.

Se calhar não era má ideia pensar num sistema mais eficiente para as listas de compras.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

A fase dos Nãos



Já tinha ouvido falar da fase dos porquês, mas a fase dos nãos desconhecia...!

G., queres ir tomar banho?
Na!

Queres ir para a escola?
Na!

Queres ficar em casa?
Na!

Queres o Mickey?
Na!

As tuas calças são azuis?
Na!

Queres que a mamã não te ponha soro no nariz?
Na!

Só há uma pergunta que nunca falha...

Queres papa?
Si! (Abanando enfaticamente a cabeça)

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Atualização de livros?



Li recentemente a biografia da Enid Blyton, escrita pela Alice Vieira.

Apesar de para mim o livro ser, todo ele, surpreendente, porque não conhecia a personalidade sombria da Enid Blyton, o que mais me marcou foi o último capítulo.

Nele, Alice Vieira conta-nos como, após a morte de Enid, a editora que detinha os direitos de autor da maior parte dos títulos saneou os livros, expurgando-os de todos os excertos (que aparentemente eram muitos) que eram de alguma forma racistas ou machistas.

A minha primeira reação foi de revolta. Mas cabe na cabeça de alguém alterar obras literárias? Alguém se lembraria de alterar os textos do Shakespeare por serem, sei lá, demasiado elitistas? Cada obra tem de ser entendida no seu contexto histórico e social e é também esse contexto que a distingue!

Depois, pensei melhor. A diferença neste caso é que se trata de livros para crianças. As crianças vão lê-los sem ninguém ao lado para lhes explicar que aquele livro tem um determinado contexto e que, na realidade, o lugar das mulheres não é necessariamente em casa, obedecendo ao seu marido, e que os bandidos também são muitas vezes brancos.

Continuo mais ou menos dividida. Realmente, preferia que o G. não lesse livros que pudessem passar-lhe valores que nós não consideramos certos. Mas, por outro lado, tenho esperança de conseguir educá-lo de forma a ele conseguir, por si, identificar em qualquer situação, incluindo a leitura, os valores com os quais se quer identificar.

Imagem

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Animais Montessori



Como mãe recente que sou procuro e interesso-me por saber que métodos e teorias de educação há por aí. Uma delas, que me parece bastante interessante, é a Montessori. Este método baseia-se muito na independência e autonomia das crianças. Identifico-me com isso.

Há inúmeros blogs sobre o assunto e eu sigo este - How we Montessori. A Kylie tem sempre imensas ideias de atividades interessantes e é simpática!

Esta ideia veio de lá. Cartões que, neste caso, representam animais. São em duplicado. E a ideia é que a criança tenha um conjunto de cartões dispostos à sua frente, o outro conjunto empilhado ao seu lado e vá fazendo os pares.



Como não estava a ver nenhum sítio onde comprar facilmente cartões assim, lembrei-me de os fazer.

Pesquisei fotos de animais e imprimi-as. Comprei cartolina branca um bocadinho mais grossa do que a normal para tornar os cartões mais resistentes.


Marquei os quadrados a lápis e o facto de ter uma régua grande, com linhas perpendiculares, ajudou bastante. É a régua que uso para cortar os tecidos e é em inches em vez de centímetros, mas para o efeito era indiferente. Ao cortar arrendondei os cantos porque achei que ficava mais bonito.


Depois, colei os animais nos cartões e plastifiquei a parte da frente do cartão com papel autocolante transparente. Deixei margens de aproximadamente 1 centímetro para poder dobrar para a parte de trás do cartão e assim proteger as arestas.


Por fim, forrei a parte de trás do cartão com papel autocolante verde. Assim, consegui tapar o papel transparente que ficou na parte de trás. Colei com alguma margem e só depois aparei para ficar da medida exata do cartão.


Está feito. Em cima podem ver um cartão ainda com metade do verde por aparar, uma parte da frente e uma parte de trás. Como disse lá em cima, fiz pares de cartões, seis no total, para o G. juntar.


Para já, o G. fica mais entusiasmado com procurar, identificar e imitar os animais. E o macaco faz especial sucesso porque está a comer uma banana! Ainda não se interessa muito por fazer os pares, mas tudo tem tempo.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

O primeiro corte de cabelo




Apesar de não ter uma farta cabeleira, o cabelo do G. estava a crescer a muito bom ritmo. Atrás, uns caracóis salientes faziam lembrar as perucas do século XVIII. Para mim, o G. parecia o Marquês de Pombal; para Ela o Marco Paulo nos seus tempos áureos.

Perante este cenário, estava, sem dúvida, na hora do primeiro corte de cabelo.

E no meio da ansiedade manifestada por Ela cada vez que a tesoura se aproximava, assim se foram os caracóis. O G. parece agora um rapaz.

Já agora, reparem na perfeição do trabalho do barbeiro.

terça-feira, 7 de maio de 2013

O passado tem voz



É arrepiante, no bom sentido, ouvir esta gravação, que vem diretamente do século XIX.

Às figuras da história anterior ao século XX estamos habituados a associar imagens, mas vozes...? 



Bell gravou a sua voz num disco de cera, em 1885, e agora o Smithsonian divulgou essa gravação.

A maior parte da gravação é apenas Bell a contar, mas no fim ouvem-se algumas frases. 
"This record has been made by Alexander Graham Bell (...) - hear my voice".

Será que ele imaginava que a sua voz iria perdurar e voltar a ser ouvida quase 100 anos depois da sua morte? 

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Homenagem à primeira frase completa do G.


Esta foi a primeira frase completa do G., há algumas semanas atrás.

Quando acaba de comer, quando acaba de ler um livro, quando quer que alguma coisa de que não gosta, como pôr o soro no nariz, acabe rapidamente... Já está!

A nona final europeia, depois de a última ter sido alcançada há 23 anos, bem merece um Já está!, entoado como só o G. sabe fazer.

Livros infantis #5 - Adivinha quanto eu gosto de ti




Discussões com crianças sobre quem gosta mais do outro nunca são demais. E é disso que se trata neste livro.

A pequena lebre castanha diz à grande lebre castanha que gosta dela “Assim”, “esticando os braços o mais que podia”. A grande lebre castanha responde da mesma forma, mas claro que os braços dela são maiores. E assim continuam, tentando arranjar formas cada vez maiores de expressar quanto gostam uma da outra.

É um livro ternurento mas divertido. E que estimula a imaginação, para tentarmos arranjar formas ainda maiores de nos expressarmos. O G. já estica os braços como as lebres mas estou ansiosa pelo dia em que vai entrar no desafio.

Imagem

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Ideia para o Dia da Mãe


Dois passarinhos. Um grande, um mais pequenino. É que mesmo depois de crescermos este equilíbrio não é alterado.

Dois tecidos que apetece usar e um neutro para o fundo. Este foi em tempos parte de umas calças muito usadas. O bastidor encontra-se em qualquer retrosaria (até mesmo a do Colombo).

Usei entretela da que cola com o ferro, para evitar que os passarinhos desfiassem depois de cosidos (reparei, vá-se lá saber porquê, que aqui também podia ser cozidos, mas seria outra história, coitadinhos...)

Cosi tudo num bocado de tecido maior do que o bastidor e só o cortei depois de pronto e montado.

Olho para a imagem e parece-me que o passarinho grande está a ensinar qualquer coisa ao pequenino e este ouve, com a cabeça ligeiramente inclinada para cima, para não perder nada! 

Os passarinhos já moram com a minha mãe desde o Natal, por isso não estou a estragar nenhuma surpresa, mas para mim faz todo o sentido relembrá-los agora.