quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A utilidade de um caderno bonito


Sempre fui uma pessoa muito prática. Sendo que prática aqui significa aborrecida. 

Se precisava de comprar um caderno para a faculdade, comprava um que tivesse uma capa resistente, de uma cor que não se sujasse e que fosse suficientemente neutra para não me cansar ao fim de um tempo. 

Entrava no supermercado, comprava e o assunto ficava tratado para todo o semestre. Prático, simples e já está.

Não foi há muito tempo que percebi para que serve um caderno bonito. E para o caso de haver por aí mais pessoas práticas e, sim, aborrecidas, vou desvendar aqui o segredo.

Um caderno bonito serve para nos fazer sorrir.

Até pode ficar sujo ou ficarmos fartos dele antes do fim do semestre, mas enquanto isso não acontece ficamos com um sorriso, ainda que interior, quando o pousamos em cima da mesa. O nosso olhar fica preso naquele objecto alegre que, por um milésimo de segundo, é a fonte de uma emoção boa.

Agora que precisei novamente de comprar um caderno comprei um que não me deixa indiferente e sorrio pelo caderno e pelo facto de a vida e tantos designers inspiradores na blogosfera me terem tornado menos chata.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

O cantinho das histórias

Estivemos afastados daqui muito tempo, tempo demais, e já chega.

Passando ao que interessa. 

O G. adora histórias, acho que já o disse aqui. Antes de ir dormir nunca se esquece de pedir uma história e não é raro darmos com ele durante o dia a "ler".


Para além disso, estava na altura de atualizar o quarto dele. Havia uma zona para brincar no chão que já não fazia sentido, porque ele já se acha muito crescido e tem uma mesa e uma cadeira e um banco. O chão perdeu o interesse.

Então, inspirada pelas muitas imagens que rondam o Pinterest, como esta e esta, e, na verdade, pela minha própria criança interior que dá pulinhos só de pensar num sítio aconchegado para ler, lembrei-me de fazer um cantinho das histórias.


Já tinha quase tudo à mão. Foi, essencialmente, uma questão de mudar alguns dos móveis de sítio.

O tapete é um quilt que fiz ainda antes de fazer a mínima ideia de como se faz um quilt. Estava grávida e apeteceu-me. Tem pedaços de tecidos de camisas do pai e outros pedaços de tecido daqui e dali. 

O cesto tinha-o em casa e usei-o para os livros estarem acessíveis. Li nalgum sítio (que já não sei identificar) que os livros se tornam mais interessantes para as crianças se estiverem arrumados com as capas, em vez das lombadas, para a frente. Assim elas conseguem identificá-los e escolhê-los mais facilmente.


Por enquanto, o cesto só tem os livros de folhas mais grossas, que ele pode manusear sozinho, sem estragar. Os outros livros estão reservados para ler connosco ou pelo menos ao pé de nós.


Só acrescentei duas coisas que não tinha já em casa. 

Um candeeiro. Principalmente à noite e no inverno vai permitir ter uma luz mais aconchegante do que a do candeeiro de teto. Temos outro candeeiro do outro lado do quarto mas a luz não era suficiente. Este é do Ikea e escolhi-o porque não aquece, e portanto não queima dedinhos curiosos, tem um design simples mas bonito e tem uma mola, que permite prendê-lo à cama, já que ali não havia espaço para pousar nada.


A segunda coisa que não tínhamos já é a almofada dos robots. Quis fazer qualquer coisa que fosse especialmente para aquele sítio, feita de propósito. O tecido pareceu-me colorido e divertido o suficiente, sem ser demasiado abonecado. Utilizei a forma mais rápida e simples de fazer uma almofada - a técnica do envelope - e um dia destes vou partilhá-la convosco.


O G. gostou e o mais engraçado foi que ele percebeu logo o conceito. Para ele fez sentido que houvesse um sítio que serve para ler histórias. E, de facto, faz. Agora quero um para mim.

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Interações positivas



Este post arrisca-se a soar a uma banalidade saída de um livro de auto-ajuda. Ainda assim, apetece-me partilhar uma revelação que tive hoje de manhã.

Em muitas situações do dia-a-dia tenho duas opções.

1) Ser educada e neutral. Neste caso a minha disposição antes e depois da interação é exatamente a mesma.

2) Esforçar-me por fazer um qualquer comentário simpático, que imagino que o meu interlocutor vai apreciar. Neste caso, recebo uma reação positiva e a minha disposição melhora.

Voltando a hoje de manhã.

Fui entregar um documento à secretária da direção. Entrei, cumprimentei, entreguei e expliquei o que era. Até aqui a situação era absolutamente neutral, não tendo afetado em nada a minha disposição. Quando ia a sair, reparei em duas flores amarelas numa jarra e comentei que as flores eram muito bonitas e animavam o espaço. 

Com esta simples frase o ambiente alterou-se. Recebi um grande sorriso e uma explicação da proveniência das flores. Transformámos uma situação neutra numa situação positiva.

Quando desci as escadas vinha a sorrir. A minha disposição tinha mudado.

Ao refletir sobre isto, e analisando situações similares, constatei que é um padrão. Se perder um minuto a perguntar pelos filhos, pelos netos, a comentar qualquer bonita ganho uma reação positiva.

A partir de agora vou sem dúvida estar mais atenta a isto. É que interações neutras servem para muito pouco.

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Turismo em casa - Lisboa com outros olhos

Fim de tarde de um belo dia de agosto.

Eu já estou a trabalhar. O G. ficou com a avó e Ela veio ter comigo para acabar um dia de férias na nossa bela cidade, entre turistas e viajantes, subidas e descidas.


Primeira paragem: o Arco Triunfal da Rua Augusta. Belo nome, de um belo monumento, com um belo enquadramento, agora aberto ao público.

Esta vista de 360º sobre Lisboa deixou-nos abasurdidos, palavra que aparentemente não existe em português, mas que tão bem reflete os pedaços do francês de Paris que se encontra nesta paisagem. Deixou-nos sem saber para onde olhar.

Como a maioria dos olhos com sotaque espanhol se viravam para o Tejo, decidimos centrar-nos primeiro na Rua Augusta. Não há foto que retrate a magia do momento. A calçada. As pessoas. Os prédios. A luz. 


Por falar em luz, o que dizer da vista dos telhados a oriente, enquadrados nos prédios onde o amarelo e o branco se entrelaçam a dançando alegremente, enquadrados pela imponente mas discreta Sé, sorrindo discretamente para o Tejo que ao fundo se aproxima.


O barco, o rio, as histórias. É hora de descer para o Terreiro do Paço e sermos mais duas cores neste arco-íris da cidade.


Segunda paragem: Torreão Poente do Terreiro do Paço.


A exposição A Última Fronteira – Lisboa em Tempos de Guerra vale a pena. Para além de uma grande quantidade de informação interessante e bem organizada sobre Lisboa durante a Segunda Guerra Mundial, é uma boa oportunidade para mais umas vistas únicas do Tejo. Numa das janelas, é só mesmo Tejo.


Terceira paragem: passeio do Terreiro do Paço até à Calçada do Combro. Lisboa em movimento. Pessoas. Música. Vida. Muita vida.

Visita ao Park, bar da moda, para ver e ser visto, no último andar de um parque de estacionamento. Mais uma grande vista sobre Lisboa, agora do outro lado do Tejo. E ainda uma rápida passagem pelo Miradouro de Santa Catarina.

Já são dez horas e a fome aperta. Acabamos este dia de férias em Lisboa a jantar numa esplanada da Rua Serpa Pinto, numa zona mais tranquila do Chiado.

Felizmente é possível tirar férias entre as sete da noite e as oito da manhã!

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Livros infantis #8 - A Zebra Camila


A Zebra Camila foi-nos apresentada ao vivo por um magnífico contador de histórias nos Cabeçudos.

Foi amor à primeira vista. Tanto que a trouxemos para casa connosco.

Num dia ventoso, a Camila é apanhada desprevenida e uma rabanada forte de vento leva-lhe as riscas pretas.

A Camila vai, então, encontrando animais que lhe dão, cada um, uma risca. Uma azul, uma amarela, a aranha até lhe tece uma risca rendada.

A Camila chega finalmente a casa. Já não tem as suas riscas pretas, mas também já não tem a barriga branca. Tem um arco-íris na barriga. É diferente das outras zebras, mas única e muito mais divertida.

Esta última parte já é conclusão minha, mas penso que concordarão depois de a conhecerem!

Os desenhos são apelativos e é uma história que se conta depressa, se se utilizar apenas os desenhos para ir contextualizando, ou devagar se se ler todo o texto e se apreciar todos os pormenores.

É uma questão de adaptar à idade do ouvinte e ao grau de paciência disponível no momento.

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Arrumações criativas


Estamos de volta às rotinas e ao trabalho. 

Custa deixar o sol e o descanso, mas encontro sempre um conforto bom nas rotinas, por isso compensa!

A varicela sempre era varicela, mas o G. passou por ela sem perder a boa disposição e passado uma semana as pintinhas já eram quase invisíveis e pudemos ir descobrir a praia e a piscina.

Outra coisa que não foi minimamente afetada pela varicela foi a capacidade inventiva... Muito gosta este rapaz de arrumar coisas. E as soluções de arrumação nunca são demasiado evidentes.

Numa tarde andava doida à procura dos meus ténis. Procurei em todo o lado e nada.
Claro que a última frase não é rigorosa. Se tivesse procurado em cima da mesa de cabeceira, em cima do livro que andava a ler e por baixo dos ténis do G. teria encontrado logo. 


Estava já um bocadinho irritada, mas a irritação cedeu imediatamente à gargalhada quando pus os olhos nesta instalação. Tudo direitinho e arrumadinho, mas mil vezes mais divertido.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Uma mochila para as férias e uma quase varicela


Um telefonema da creche nunca é bom sinal. Por isso inspirei fundo antes de atender. - O G. está com umas borbulhas. Como outros meninos tiveram recentemente desconfiamos que seja varicela. - Expirei.

Fomos ao médico. Diagnóstico: ainda não podemos ter a certeza de que seja varicela, porque são muito poucas borbulhas. Observem ao longo do dia e voltem à noite se alastrar.

O G. estava feliz da vida, todo bem disposto, e assim ficou o resto do dia. As borbulhas não alastraram... Ficamos em modo stand-by até amanhã.

E entretanto, entre sestas e brincadeiras, ainda consegui roubar um tempo para fazer um mochila para as férias.


Queria que fosse leve e suficientemente flexível para caberem todos os brinquedos da praia. Utilizei o modelo que se costuma ver nos sacos do pão. Tudo costuras a direito e já está.

Como não tem forro fiz bainhas no tecido antes de juntar a parte da frente com a de trás para não ficar feio por dentro.



Para as alças acrescentei umas tiras de tecido de lado, por onde passa o fio que termina num nó.


Já está! 

Adeus varicela, olá férias! Pode ser?









quarta-feira, 31 de julho de 2013

Leituras de férias

Em modo de contagem decrescente para as férias, comecei a pensar nos livros que me vão acompanhar.

Leio durante o ano todo e sou incapaz de acabar um livro e não começar logo a pensar no seguinte. Mas durante as férias é diferente. Adoro passar horas a ler ao ar livre (agora com o G. não é tão fácil) e gosto de escolher com antecedência os livros certos. 

Às vezes até há livros que guardo para ler nas férias, porque sei que me vão saber melhor nessa altura.

Dito isto passemos às escolhas deste ano.

Primeiro, um autor que me anda a intrigar há um tempo, do qual nunca li nada. Philip Roth. Depois de umas pesquisas sobre o melhor livro dele para começar, escolhi o Complexo de Portnoy. Estou bastante curiosa, vamos ver.


A segunda escolha é de um dos meus autores preferidos. Nunca desilude. Prende e deslumbra sempre. Haruki Murakami. O livro é a Crónica do Pássaro de Corda. Tem 634 páginas. Estou claramente a contar que o G. fique cansado da brincadeira e durma sestas muito longas!


Em terceiro lugar, o Jogador, do Dostoiévski. Intriga-me a temática e tenho curiosidade sobre a forma como o autor vai descrever o desespero e a compulsividade.


Por fim, um livro que é, mais ou menos, de trabalho. Só vale levar para as férias porque é um tema do qual gosto mesmo e, por isso, conta na mesma como férias. Consumer ADR in Europe. Chistopher Hodges, Iris Benöhr, Naomi Creuzfeldt-Banda.


Concordam com as escolhas? Alguma outra sugestão? O que andam a ler?

terça-feira, 30 de julho de 2013

Nós no facebook!



Decidimos criar uma página do facebook para o blog!

A ideia é tornar o acesso ao blog mais fácil para quem prefere seguir blogs por essa via e, principalmente, facilitar a interação. Partilhem coisas connosco. Vamos conversar!

O link é este e está também ali na coluna à direita.

Para começar partilhamos alguns dos posts mais marcantes até hoje.

O top 3 dos mais vistos de sempre, o primeiro post do blog, os nossos preferidos.

Vão lá espreitar. Vale a pena.

Esperamos que gostem e que "gostem"!

segunda-feira, 29 de julho de 2013

G, o recoletor


"Pedras no caminho? Guardo todas. Um dia vou construir um castelo..." (autor desconhecido)

Tem sido esta a máxima do G. ultimamente. Só que não como metáfora. Se o deixarmos, ele apanha efetivamente todas as pedras do caminho.

E quando é deixado um bocadinho à solta é este o resultado...!

Estivemos a almoçar no castelo de Montemor e, enquanto os adultos conversavam, o G., a M. e a I. entretiveram-se a recolher pedras e paus.

E assim se começa a construir o castelo.


quinta-feira, 25 de julho de 2013

O segundo corte de cabelo





O segundo "qualquer coisa" raramente é digno de registo. 

Mas neste caso é. Porque apesar de ser o segundo corte de cabelo foi o primeiro "muitas coisas".

O primeiro corte de cabelo fora de casa. Sim, num barbeiro a sério.

O primeiro programa de homens. Com o pai e o avô, todos ao barbeiro cortar o cabelo. Na verdade não foi um programa só de homens, porque eu não resisti e fui assistir. Mas não cortei o cabelo, por isso conta, certo?

E ele estava tão compenetrado. Não foram precisos brinquedos, nem distrações. Viu o pai a cortar o cabelo e quando chegou a vez dele já estava convencido de que era uma coisa muito importante, um momento solene. E comportou-se como tal.

Ficou sossegadinho ao colo do avô e ia cumprindo as ordens - agora fica quietinho, agora olha para os teus sapatos. E o mérito também é do barbeiro de longa data do avô, que teve muita paciência e cuidado.

Ficou com um ar mais fresquinho e mais crescido. Quanto a esta última parte, o meu coração divide-se.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Equilíbrio trabalho-filhos



Às vezes olho à minha volta e parece-me que a sociedade é incoerente. Refiro-me ao equilíbrio da vida profissional com os filhos.

No trabalho somos olhados mais ou menos de lado se saímos antes das 19h - aquela assim não vai safar-se na carreira, de certeza.... Na escola, se chegamos às 19h o nosso filho é olhado com pena - olha, coitadinho, aquele é o que fica cá sempre até às 19h, quando todos os outros já foram para casa...

Não faz muito sentido, pois não?

Contaram-me no outro dia que um amigo que foi para a Comissão Europeia, habituado aos horários de cá, ficava sempre até tarde a trabalhar. Até que o chefe o chamou, preocupado, porque ele estava constantemente a trabalhar mais horas do que as que faziam parte do contrato e, portanto, ou o problema era do chefe, que não estava a gerir bem a distribuição do trabalho, ou era do próprio trabalhador, que era demasiado lento e precisava de demasiadas horas para dar conta do trabalho.

Resta saber porque é que cá se acha que o número de horas é o mais importante.

Eu não me posso queixar, consigo fazer bons horários, porque faço questão disso. Ainda não sei é se é à conta da carreira.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Carregada, mas com estilo



O G. já está numa fase em que não é preciso levar a casa atrás quando se sai de casa.

Para mim, o essencial neste momento resume-se a duas fraldas, toalhitas, babete, chucha (para as eventualidades) e copo da água. Se formos a um restaurante acrescento um brinquedo ou um livro.


Ou ponho tudo numa mochila pequena, e ando com a mochila mais a minha mala, ou atiro tudo, mais ou menos contido, para dentro da minha mala.

Como nenhuma das soluções era grande coisa e uma pessoa tem o direito a recuperar a sua dignidade e estilo mesmo depois de ser mãe, decidi fazer uma bolsa que possa rapidamente pôr dentro da minha mala quando é preciso.

Cabe tudo menos o copo da água.


Escolhi um tecido de que gostei. Não me preocupei minimamente que fosse ao gosto de uma criança, já que apesar de ter as coisas deles, é para andar dentro da nossa mala.

Quanto ao modelo, segui estas instruções, e correu muito bem.


Nunca tinha posto um fecho em nada. Andava mesmo a evitar fechos, há anos, porque me parecia uma coisa que só podia dar para o torto.

Afinal não tem nada que saber, e com o truque dos bocadinhos de tecido azul nas pontas do fecho, ficou tudo direitinho.


Apesar de para primeira tentativa não ter corrido mal, acho que vou fazer outra... Esqueci-me que o tecido azul iria retirar espaço útil ao fecho (pormenores...), o que quer dizer que a caixa das toalhitas entra, mas a muito custo.

E acho que vou pôr o fecho ao comprido para o acesso às coisas ser mais fácil.

Mas até lá, a minha faceta de mãe e a minha faceta de mulher estão muito felizes por terem arranjado uma solução que agrada a ambas. 

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Pessoas que não têm nada para dizer, mas...



"Depois de tudo o que já foi dito por aqueles que falaram antes de mim, nada mais há a dizer, pelo que serei muito breve nas minhas palavras".

Desconfiem sempre - e muito - de uma introdução como esta.

É coisa para o discurso demorar mais do que todos os outros juntos.

E para esta pessoa só se calar depois de começar três ou quatro longos parágrafos com um: "E para terminar...".

O pior é que, na verdade, estas pessoas não têm realmente mais nada para dizer!

Imagem

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Dilemas da vida em sociedade



Preciso de deixar desde já bem claro que eu sou uma pessoa de dois beijinhos, um de cada lado, para equilibrar as coisas. Não sei porquê, porque não é especialmente eficiente, nem revelador de grande intimidade, mas sou e pronto.

Mas nem todas as pessoas são pessoas de dois beijinhos e isso dificulta muito a vida, a uns e a outros, que ficam ou são deixados pendurados no momento de oscular.

Pessoas confiantes dão um ou dois, conforme o estilo, e seguem. Se o outro quiser dois, fica à espera com a cara estendida, porque o cumprimento já lá vai. Se o outro só quiser um, azar, dá dois, que a confiança assim o impõe.

O que fazer quando, no início de um encontro formal, tens de cumprimentar uma data de pessoas com beijinhos?

Suponhamos que dez.

Aí umas três ou quatro já sabes que vão ficar por um beijinho, uma ou duas já decoraste que dão dois. As outras não fazes a mínima ideia.

Irão estender-te a mão? Dar um beijinho e fugir de rompante? Esperar que dês o segundo enquanto, a medo, te preparas para sair após o primeiro?

Como é que se resolve este dilema?

terça-feira, 16 de julho de 2013

Rotinas de ir dormir


O que mais gosto nos blogues são as ideias. Aquele momento em que abro um post e penso: esta ideia é fantástica. Claro que as fotos e as cores também alegram o nosso dia, mas são as ideias que marcam e que podem mudar qualquer coisa em nós. E felizmente, há muitos blogs assim, que me inspiram.

Um dos que está sempre a deslumbrar-me é o Design Mom da Gabrielle, onde hoje li um post que me deixou a pensar.

As rotinas antes de ir para a cama são muito importantes cá em casa. Lavar os dentes, história, óó. Mas à medida que o G. vai crescendo estas rotinas vão evoluindo e foi por isso que o post me prendeu a atenção.

Uma das rotinas de ir para a cama na família da Amy consiste em cada um escolher as três coisas preferidas do dia, pelas quais estão gratos. 

Parece-me uma boa ideia por vários motivos. Obriga-os a acalmar, torna-os mais conscientes do dia e das coisas que vão acontecendo, ajuda-os a valorizar o que têm e é uma forma de partilha e de cumplicidade com quem os está a ouvir.

Eu acrescentaria, talvez, dizerem também uma coisa que acham que não fizeram tão bem e que poderiam melhorar. Assim, também os faz pensar sobre as atitudes que tiveram durante o dia e pode ser o momento ideal para conversar sobre uma birra ou um disparate que tenham feito e que na altura, a quente, não valia a pena debater.

Esta vai já direta para a minha lista mental das coisas a fazer quando chegar o momento. Concordam?


domingo, 14 de julho de 2013

Sorvetes



Os sorvetes ou popsicles, nome que acho bastante mais divertido, andam por todo o lado, na blogosfera e no pinterest.

Claro que não são novidade, mas nunca me tinha lembrado de experimentar. 

Agora que experimentei, desconfio que vão ser moda cá em casa neste Verão... se o sol, entretanto, resolver regressar.


Estes são de morango, mas podem ser feitos com qualquer fruta. E até é uma ótima forma de aproveitar a fruta que está a ficar muito madura.

São saudáveis, porque são praticamente só fruta, e muito refrescantes.

Estes foram feitos assim:

Uma mão cheia de morangos;
Um copo de água;
Sumo de 1/4 de limão;
1/2 colher de sopa de açúcar.

Pus tudo dentro do liquidificador, triturei e despejei para dentro das seis forminhas (estas são do Ikea). Pus dentro do frigorífico e no dia seguinte tínhamos sorvetes para o lanche!


Entre os próximos a experimentar estão os de melancia com hortelã, de limão e de pêssego. Alguém tem mais sugestões?

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Televisão no quarto - Lado B


O impedimento do silêncio


Sempre tive o hábito de ler na cama antes de adormecer. Às vezes não chegava a meia página, é certo, mas era o aconchego necessário antes de fechar os olhos.

Lá em casa havia apenas uma televisão, na sala, e a minha mãe sempre fez questão de banir as televisões dos quartos.

Ele já vinha com a televisão no quarto acoplada quando casamos, e ela lá ficou sem que eu tivesse feito grande esforço para a tirar.

A verdade é que é fácil a pessoa habituar-se. Ver uma série já deitadinhos, um filme quando está frio demais fora dos cobertores.

Mas não gosto. Deixei de ler antes de adormecer. A maior parte dos dias adormeço meia torta a meio de qualquer programa. Preferia ter uns minutos de silêncio antes de dormir, tranquilidade para terminar um dia agitado.

Mas quem é que o convence...?

terça-feira, 9 de julho de 2013

Televisão no quarto - Lado A


A Janela do Mundo


Ponto prévio: enquanto estava a escrever este texto, Ela disse-me que estava cansada e foi para o quarto ver televisão.

Na minha opinião, a existir televisão numa casa, o quarto é o melhor sítio da casa para a ver.

A televisão serve para descontrair, ao fim da noite, a dois, com a partilha de uma série. Serve para descansar, numa tarde de fim-de-semana, enquanto o G. dorme a sesta, na companhia de uma comédia romântica.

E pouco mais...

A não ser quando joga o Benfica. Nesse caso, a televisão também serve para ver o Benfica. E isso pode fazer-se no quarto, na sala, na cozinha ou na casa de banho.

A televisão na cozinha parece-me especialmente nociva da vida em família: se há momento de união, em que se pode partilhar tudo o que se passou durante o dia, é o do jantar.

A televisão na sala pressupõe que ver televisão é um programa de família.

Será? Digam-me!

Quanto a nós, temos três televisões em casa, no nosso quarto, na sala e no escritório. Devemos ver, no máximo, uma média de trinta minutos de televisão por dia, vinte e cinco dos quais no quarto e os outros cinco na sala.

Mas também é verdade que a nova televisão é o ecrã do computador... e nesse passamos, talvez infelizmente, muitas horas do nosso dia.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

A sonhar com teepees



Tenho andado a sonhar com teepees. Um refúgio para brincadeiras. Será demasiado cedo para o G. achar piada?

Agora que comecei a pensar nisto (nem sei de onde veio) acho que não vou conseguir esperar muito mais tempo.

Na minha cabeça já rodopiam possibilidades de cores e tecidos e raciocínios elaborados sobre como construir a estrutura sem utilizar nenhuma ferramenta (cá em casa não confio em ninguém com um berbequim...). 

E já tenho saudades da minha máquina de costura.



Enquanto vou avaliando e sonhando e imaginado o G. a espreitar pela abertura, ficam alguns dos modelos que me chamaram a atenção no pinterest.



Este é mais feminino e romântico. Acho que se tivesse cinco anos me sentiria uma princesa. E gosto da ideia das luzinhas de Natal.



Uma tenda, em vez de um teepee. Também é uma hipótese mas parece-me menos aconchegante.



E para mim pode ser um destes, obrigada!