Nos últimos tempos, o momento de pagar a conta em qualquer restaurante, café, bomba de gasolina, banca da praça ou cabeleiro transformou-se num interessantíssimo ritual de debate à volta do tema das faturas.
- Quer fatura? Com ou sem número de contribuinte?, diz invariavelmente o zeloso funcionário do estabelecimento.
Depois de um olhar por cima do ombro a fingir preocupação pela eventual presença de um polícia ou funcionário das finanças, eis a resposta:
- Não é preciso. A não ser que me venham prender!, responde ironicamente o cliente.
Isto chega para um sorriso pleno de cumplicidade e um comentário automático sobre o cansaço do ministro das finanças, a situação do país ou o número de contribuinte do primeiro-ministro.
E viva o reforço da identidade nacional.
E viva o reforço da identidade nacional.
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