Acho que é muito importante os miúdos aprenderem a ter um espaço deles, onde podem estar a brincar ou a ler sozinhos, sem necessidade de ter um adulto para impressionar ou seduzir ou com quem partilhar o momento.
É importante para eles, mas é ainda mais importante para nós, pais, que existam vários momentos de descanso ao longo do dia.
Da mesma forma que um bom silêncio me parece muito saudável na relação de um casal, momentos de proximidade com atividades simultâneas não partilhadas entre pais e filhos podem ser importantes para todos.
Dito isto, parece-me fundamental que o principal espaço de brincadeira esteja no quarto, num local reservado e claramente identificado como tal. Esse espaço estar centrado na sala pode constituir, quanto a mim, uma ocupação indevida de um espaço dos pais, espaço físico e temporal que pode mesmo ser um símbolo para o futuro saudável da sua relação.
O nosso caso é mais ou menos peculiar, uma vez que a sala era até agora pouco utilizada. O nosso espaço era e continua a ser o quarto: onde vemos televisão, lemos, conversamos. Neste sentido, um espaço para o G. na sala é bem-vindo, uma vez que permite que o possamos acompanhar de forma mais confortável, próximos no afeto mas mais ou menos distantes nos pensamentos.
E assim o quarto, a sala e os caminhos ficam desarrumados por igual.
Ver o Lado A.
E assim o quarto, a sala e os caminhos ficam desarrumados por igual.
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