Há uns tempos participámos num workshop de escrita criativa. O texto deste Lado B surgiu do mesmo estímulo que o do Lado A. A mesma realidade, duas perspetivas...
– Vou desenhar-te!
– Desenhar-me? Queres dizer numa folha?
– Sim.
– Mas isso é tão 2012. Hoje já ninguém desenha… É limitador…
Fica ali tudo espalmado, sem vida… Faz antes um holograma meu.
– Já sabes que ainda não me consegui habituar a isso. O
desenho fica quietinho. Se quero, olho para ele, se não guardo-o. O holograma
anda por aí, parece um fantasma. Prefiro a minha
caneta.
– Que seca! Era só o que me faltava, um artista com manias vintage!
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