As tradições familiares aproximam-nos. Fazem-nos sentir parte daquele grupo de pessoas, porque com elas partilhamos aquele momento, ideia, atividade que se torna constante ao longo da vida e ajuda a criar uma rede de memórias conjuntas. Isto que eu acabei de escrever fez algum sentido?
Enfim. É isso que se passa se houver a tradição de fazer a árvore de Natal de determinada maneira ou a tradição de fazer uma caça aos ovos da Páscoa que o coelho deixou cair.
Ele trouxe consigo uma tradição familiar maravilhosa. A Cegada.
Consiste basicamente em acordar a pessoa da família que faz anos entrando no quarto com um bolo e respetiva vela, a cantar os Parabéns.
Faz também parte, porque sim, afirmar categoricamente na véspera do aniversário que nesse ano não haverá Cegada e é claro que a pessoa que faz anos nunca está verdadeiramente a dormir mas faz sempre de conta que sim!
Posto isto, claro que no domingo passado houve Cegada porque Ele fazia anos. O G. levou um balão e portou-se muito bem. Ele estava acordado desde as 7h30 porque o G. fez barulho, mas fez de conta que não, porque faz parte. A gula foi tanta que só nos lembrámos de tirar a fotografia já a tigelada ia a meio. E houve direito a um carro em cima do bolo porque simboliza a nossa viagem em conjunto e, principalmente, porque é das poucas palavras que o G. sabe dizer e fica todo contente se puder dizê-la.
Foi bom!
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