A personagem que mais me fascina nesta série é, sem dúvida, o Jay Pritchett.
Não será a mais divertida, mas é aquela com quem tenho mais empatia. Com fama de durão, conquistada ao longo de uma vida vivida muito antes da história começar, acaba por ter um coração mole, resignando-se aos desígnios da família.
Tem problemas com todas as outras personagens, mas resolve-lhes todas as questões, desde as mais simples às mais complexas, sendo sempre chamado em caso de emergência.
Esforça-se por ser simpático, mas claudica face ao ridículo das figuras do divertido Phil e ao exagero dos desafios colocados pelo desconcertante Mitchell. Puxa como ninguém pelo desconcertante Manny, é machista e preconceituoso, mas no final acaba por compreender e aceitar muito daquilo que não se esperaria. E que ele próprio provavelmente não esperaria uns anos antes.
É, no fundo, o reflexo de todos aqueles que exageram nas convicções para manter uma posição de autoridade, provocar a reação, mas acabam por não resistir aos encantos dos outros e do Mundo, vistos com o prisma dos erros e da experiência dada pelos anos.
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