Começando por traçar o cenário, compondo os ingredientes para esta história do dia-a-dia, imaginemos que estamos na porta de acesso ao metro e a hora é de ponta, com muita gente a querer entrar ou sair por ali a correr.
Dia 1: o senhor da frente tira a carteira e põe em cima do mecanismo (chamemos-lhe assim...).
A porta não abre.
O senhor da frente começa então a esfregar a carteira no mecanismo, primeiro com calma, depois freneticamente.
A porta continua a não abrir.
A senhora de trás começa a fazer barulho, apesar de entretanto as portas do lado já estarem desimpedidas.
O senhor da frente começa a ficar irritado e vira a carteira ao contrário.
Nada. Chega o metro.
Depois de lado.
Nada. Parte o metro.
O outro lado.
A porta abre-se.
Mas desconfio que apenas por ser menos teimosa do que o senhor da frente, que segue o seu caminho feliz, muito feliz, porque para abrir a porta do metro não é preciso tirar o cartão da carteira.
Dia 2: o senhor da frente tem uma mochila.
O senhor da frente põe a mochila em cima do coiso (chamemos-lhe agora outra coisa, talvez mais rigorosa do ponto de vista técnico).
A porta não abre...
A história fica por aqui e o pior é que, sendo assim, ficamos sem saber se a mochila foi mais ou menos teimosa do que a porta.
O dia 3 vem aí.
Será que algum senhor da frente com o Lisboa Viva no bolso de trás vai decidir sentar-se em cima daquilo e esperar que a porta se abra?
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